HONG KONG, 3 de mai de 2006 às 17:49
Membros da Igreja clandestina fiel à a Santa Sé na China assinalaram à Agência Católica Asiática UCAN que a nomeação de um novo bispo nesta quarta-feira, sem autorização do Vaticano, não ajudará a unir a Igreja.Em um novo desafio ao Vaticano, a oficialista Associação Católica Patriótica a China ordenou nesta quarta-feira um bispo sem o consentimento do Vaticano, na segunda nomeação em três dias. O novo bispo cismático é Liu Xinhong, da província de Anhui, ao leste do país.
A maioria dos católicos de Anhui pertencem à Igreja clandestina fiel à a Santa Sé; por isso o Governo teve que transportar fiéis de províncias vizinhas para encher a catedral.
Segundo um líder da Igreja fiel entrevistado pela UCAN, "nossa comunidade não aceitará um bispo sem aprovação papal; esta ordenação só irá prejudicar os esforços da Igreja para impulsionar a evangelização e a reconciliação".
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Outro líder da Igreja clandestina entrevistado pelo UCAN assinalou que "a ordenação não só enfrenta a Santa Sé mas também danifica a hierarquia da Igreja universal. Ao desafiar a ordem da Santa Sé, o Pe. Liu não receberá o apoio dos católicos locais".
Anhui carece de um bispo desde que Joseph Zhu Huayu, nomeado pela igreja oficialista, morrera aos 86 anos de idade em fevereiro do ano passado.
A igreja oficialista uniu as três diocese da província Anqing, Bengbu e Wuhu para formar a diocese de Anhui em 3 de julho de 2001; mas o Vaticano ainda as considera como diocese independentes.